Nos anos 70, um engenheiro da NASA chamado Jack Nilles fundou a base para o trabalho remoto quando cunhou o termo ‘teletrabalho’ (telecommuting, em inglês). Com o surgimento da internet nos anos 90, novos tipos de negócios apareceram – foi a época das startups que nasciam em garagens, fundadas por jovens sem orçamento e com vontade de fazer as coisas de maneira diferente.
Nos últimos anos, com trabalhos mais relacionados à informação, o trabalho remoto evoluiu. E foi a pandemia da Covid-19 em 2020 que acelerou drasticamente essa evolução, marcando uma mudança na visão da sociedade sobre o modo de trabalhar. Em alguns países, essa transição ocorreu de forma mais natural, enquanto outros ainda resistem e mantêm uma abordagem mais tradicional.
Em países com PIBs mais altos, o trabalho flexível foi e tem sido mais bem aceito de maneira geral, como nos Estados Unidos, no Reino Unido, e em países da Europa Ocidental. Hoje em dia, nos Estados Unidos, 58% das pessoas têm a oportunidade de trabalhar remotamente pelo menos uma vez por semana, de acordo com uma pesquisa da consultoria McKinsey realizada em abril de 2022. Em julho, a Holanda aprovou uma legislação para estabelecer o trabalho remoto como um direito legal, tornando-se um dos primeiros países a oferecer essa flexibilidade como lei.
Com a possibilidade do trabalho de qualquer lugar, a figura de nômade digital tem se estabelecido e muitas pessoas estão considerando trabalhar não somente de casa, mas fora das grandes cidades ou até mesmo viajando ou se mudando para outros países. Neste ano, o buscador de viagens Kayak divulgou um ranking dos melhores países para se trabalhar remotamente. Portugal ficou em primeiro lugar, principalmente porque oferece um visto de nômade digital, é politicamente estável, sem violência e possui um clima agradável com pouca poluição. Espanha e Romênia ocuparam a segunda e terceira posição, respectivamente. A pesquisa avaliou 111 países em diversas categorias, como acessibilidade/abertura para o trabalho remoto, segurança e saúde, preços locais, clima, entre outros.
Muito também tem se falado sobre reduzir a quantidade de horas trabalhadas na semana, adotando a semana de quatro dias úteis. Alguns dos lugares pioneiros nesse modelo são a Islândia e o Reino Unido, com outros países com intenção de realizar testes, como a Espanha.
A tendência é que a flexibilidade seja parte intrínseca do modelo de trabalho, até com a sua adoção desigual entre países. Mesmo após a pandemia, muitas empresas – inclusive no Brasil – continuam a adotar o trabalho remoto e híbrido, cortando gastos com escritórios e oferecendo aos funcionários um maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal. As tecnologias inovadoras de comunicação e colaboração são a base que possibilita esse cenário e continuarão a levar mais empresas e funcionários para esse futuro.
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