Por Felipe Alves, Gerente de Vendas da LogMeIn no Brasil
Após a pandemia, todo mundo – professores, advogados, avôs – entende o poder que a tecnologia remota tem de manter as pessoas conectadas, mesmo distantes. E muitos reconhecem que a mudança acelerada para o trabalho remoto pode ser um fator positivo para os negócios permanentemente. Funcionários mais felizes, mais produtivos, horários de trabalho flexíveis são alguns dos vários benefícios dessa mudança, se feita de maneira correta.
Para isso, essa transformação não pode simplesmente “acontecer”. Além de estabelecer as devidas políticas de RH, ela necessita de uma revisão completa em como os líderes de TI investem e gastam em tecnologia. Mais do que nunca, a tecnologia é uma parte crucial de conexão e colaboração. Se ela falha ou não atende às necessidades dos funcionários, os negócios podem parar de repente e trazer prejuízos.
Aumento nos gastos gerais
Não é novidade que os gastos com TI no mundo estão aumentando. E esse crescimento está sendo liderado por uma migração mais rápida para a TI centrada na nuvem, com gastos mundiais em hardware, software e serviços gerenciados relacionados à nuvem previstos para ultrapassar US$ 1 trilhão até 2024, segundo dados da IDC.
A adoção da nuvem é uma tendência que tem se acelerado há um tempo e que será um resultado positivo de longo prazo para a TI, afinal, essa tecnologia é flexível, funciona em qualquer localização e em todos os dispositivos – todas características para um ambiente de trabalho remoto bem-sucedido.
Revisão dos gastos de TI
Em 2020, muitos líderes de TI tiveram que equipar rapidamente a empresa com uma ferramenta de videoconferência ou descobrir como fornecer serviços de helpdesk para uma equipe de trabalho dispersa. Isso pode ter gerado muito trabalho em pouco tempo e um impacto no orçamento. Mas trouxe um ponto positivo. Essa mudança nas prioridades de gastos pode ter preparado os times para o sucesso do trabalho flexível em longo prazo.
Embora haja riscos na recuperação da economia e que setores como de viagens e hoteleiro permaneçam abalados, o otimismo sobre os gastos com tecnologia se baseia, em parte, em quão bem ele se manteve quando o crescimento, em geral, despencou no ano passado.
Enquanto nossa pesquisa recente com a Forrester mostrou que a tecnologia é chave para a satisfação no trabalho remoto, essa mudança nos gastos não é só sobre software. É sobre um investimento na infraestrutura de nuvem, internet de alta velocidade para a casa das pessoas, serviços de TI e mais dispositivos como laptops e tablets. Os funcionários precisam ser incluídos no processo para garantir que a tecnologia seja fácil de usar e que funcione bem em um ambiente de trabalho remoto ou híbrido.
Oferecer uma ajuda de custo para uma internet mais rápida ou para equipar um home office, fornecer aos funcionários power banks para que, em caso de perda de energia, eles possam fazer a transição de qualquer trabalho crítico a outro membro da equipe, são itens do orçamento que são novos para a maioria das empresas, mas cruciais para manter a continuidade dos negócios.
Sem voltar para trás
O local de trabalho foi permanentemente alterado e o escritório agora inclui a mesa de jantar, entes queridos e animais de estimação. À medida que os negócios se preparam para o que está por vir, fica claro que as coisas nunca irão voltar a ser como eram. Para as equipes de TI, isso significa considerar itens que não estavam em seus radares antes e que devem ser incluídos no orçamento daqui em diante. Só assim será possível abraçar as oportunidades que o modelo de trabalho pós-pandemia pode trazer.
0 comentários