Trabalhar de qualquer lugar: muito além do trabalho remoto

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nov 29, 2021 | Artigos | 0 Comentários

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Por Fabio Cunha, Consultor de Soluções LATAM da LogMeIn

Segundo um artigo recente publicado no World Economic Forum, a próxima fase do trabalho remoto será ainda mais disruptiva. Um time de economistas conduziu pesquisas sobre trabalho remoto desde o início da pandemia e, pelos resultados, preveem que as empresas descobrirão novas maneiras de trabalhar remotamente de forma assíncrona, tornando o trabalho flexível mais gerenciável do que a versão que conhecemos hoje. A expectativa é de que a geografia econômica mude radicalmente, com colaboradores livres para viver onde quiserem, seja para voltar para suas cidades natais ou ir para locais onde podem praticar seus hobbies.

Para esses economistas e outros pesquisadores da área do futuro do trabalho, o trabalho remoto é uma tecnologia de uso geral, como a eletricidade ou a internet. Esta nova tecnologia consiste em muito mais do que permitir que duas pessoas trabalhem juntas remotamente. Ela trará grandes mudanças na forma como as empresas funcionam em todos os níveis. Hoje, ainda estamos nos estágios iniciais dessa grande transformação.

A partir das Leis da Mídia do teórico McLuhan, podemos entender os efeitos de qualquer tecnologia criada por humanos fazendo quatro perguntas.

  • O que essa tecnologia melhora ou intensifica?
  • O que ela torna obsoleto ou desloca?
  • O que ela recupera do que foi perdido?
  • O que ela produz ou se torna quando pressionada ao extremo?

Crédito imagem: jarche.com

O trabalho remoto como tecnologia estende o trabalho individual, torna obsoleto o escritório, recupera a palavra escrita e pode reverter fábricas exploradoras conectadas digitalmente. O aspecto mais significativo dessas leis está no quadrante de Recuperação. Por que a palavra escrita é recuperada e como essa mudança funciona? Através dessa tecnologia, o trabalho se tornará assíncrono – desconectado no tempo. A melhor maneira de se comunicar com uma equipe distribuída é por escrito, especialmente ao considerar vários fusos horários. Boas habilidades de escrita se tornarão críticas em um local de trabalho distribuído.

O modelo híbrido utilizado pelas empresas atualmente ainda traz o pressuposto de que existe uma localidade central e outras remotas que estão distantes do centro. O conceito de trabalhar de qualquer lugar evoluirá para um modelo que é distribuído. Ou seja, o trabalho acontece independentemente da localidade, não há um centro.

Ao adotar o modelo híbrido, é preciso ter cuidado para não criar duas classes distintas de trabalhadores, os que trabalham presencialmente e os que estão remotos. É preciso garantir que a experiência do trabalho e o acesso às informações sejam os mesmos, independentemente do local. A melhor maneira de evitar que se criem distinções e barreiras é adotar a abordagem Remote-First. Ela presume que todo o trabalho é realizado como se fosse remoto, considerando que há sempre alguém da equipe remoto.

O que significa Remote-First:

  • Todas as reuniões têm um link;
  • Todas as conversas importantes acontecem por uma ferramenta de comunicação (Slack, Teams, Discord). Se elas acontecem fora, elas devem ser propagadas em uma dessas plataformas;
  • Encontros presenciais intencionais são agendados com atividades que valorizem a conexão;
  • Os colaboradores têm a confiança das empresas de poder decidir onde vão trabalhar.

O que não é Remote-First:

  • Impedir que aconteça comunicação pessoalmente. O único pedido é que conversas importantes e decisões sejam propagadas nos canais certos;
  • Definir que automaticamente 100% de todos os departamentos trabalhem remotamente como padrão;
  • Ser uma empresa totalmente virtual. Para muitas, é necessário e faz sentido ter presença local.

Para criar melhores experiências de conexão no modelo híbrido, a comunicação é a chave. É preciso trabalhar com dinâmicas e rotinas que gerem conexão, facilitar a comunicação através do uso das ferramentas adequadas e adotar a cultura de trabalhar em voz alta. O conceito do Trabalho em Voz Alta busca trazer intencionalmente para os trabalhadores remotos a troca de informações que ocorre de maneira natural quando as pessoas trabalham presencialmente. Algumas boas práticas incluem:

  • Enviar atualizações por e-mail sobre os assuntos que está trabalhando;
  • Participar ativamente das reuniões que devem ter padrões e tempo reservado para compartilhar aprendizados e informações;
  • Postar atualizações diárias (informações, lições aprendidas) nos canais de comunicação por chat;
  • Usar documentos compartilhados (Sharepoint, Google Docs) e seus recursos de comentários.

O conceito de trabalhar em qualquer lugar está só começando. A LogMeIn é uma das empresas referência deste novo modelo, e estamos prontos para compartilhar nossos aprendizados e ajudar nossos clientes a se planejarem para que o trabalho remoto seja eficiente e promova todos os benefícios que a tecnologia permite.

 

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