A IA decepciona no trabalho: 63% dos funcionários dizem que a IA é extremamente superestimada, mas 87% admitem que não estão usando a IA em seu pleno potencial, segundo uma nova pesquisa da GoTo

By GoTo

set 9, 2025 | Sem categoria | 0 Comentários

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A IA decepciona no trabalho: 63% dos funcionários dizem que a IA é extremamente superestimada, mas 87% admitem que não estão usando a IA em seu pleno potencial, segundo uma nova pesquisa da GoTo

Estudo global revela percepção exagerada sobre a IA no trabalho e destaca falta de preparo e uso prático por parte dos funcionários 

A GoTo, líder em comunicações em nuvem, anunciou hoje o lançamento de um novo relatório de pesquisa: “O Pulso do Trabalho em 2025: Tendências, Verdades e a Praticidade da IA”. O relatório resume as descobertas de uma pesquisa com 2.500 funcionários e líderes de TI ao redor do mundo sobre o uso da IA e as percepções relacionadas, conduzida em parceria com a empresa de pesquisa Workplace Intelligence. Entre os principais resultados do estudo: apesar da ampla expectativa sobre o impacto positivo da IA na produtividade da força de trabalho, a maioria dos funcionários sente que seu potencial foi prometido em excesso. Na verdade, 63% acreditam que a IA foi significativamente superestimada. 

No entanto, isso provavelmente ocorre porque os funcionários não estão aproveitando ao máximo o que essas ferramentas têm a oferecer. A maioria (87%) admite que não está usando as ferramentas de IA em seu pleno potencial, e 82% dizem não estar muito familiarizados com formas práticas de utilizar a IA em suas atividades diárias. 

No total, os funcionários estimam que gastam 2,6 horas por dia — ou 13 horas por semana — em tarefas que poderiam ser realizadas pela IA. Isso significa que, somente nos EUA, as empresas poderiam estar perdendo mais de US$ 2,9 trilhões por ano em ganhos de eficiência.* 

“Os funcionários já estão usando IA e percebendo ganhos claros de produtividade, mas apesar desses benefícios, nossa pesquisa mais recente mostra que as pessoas ainda veem a IA como algo supervalorizado. Embora muitos reconheçam seu valor, ainda não a enxergam como a revolução prometida. Essa lacuna provavelmente existe porque muitos trabalhadores admitem não estar aproveitando todo o potencial da IA ou não sabem como aplicá-la de maneira prática,” disse Rich Veldran, CEO da GoTo. 

“A solução é clara: as empresas precisam ir além de apenas fornecer acesso à IA, garantindo que os funcionários tenham as ferramentas certas e a capacitação adequada. Ao equipar as equipes com treinamento eficaz e diretrizes claras, as organizações podem capacitar sua força de trabalho a liberar o verdadeiro e transformador impacto da IA.” 

Outras descobertas importantes incluem: 

  • A IA está assumindo algumas tarefas dos funcionários — mas não as que seus chefes imaginam: em vez de usar a IA para economizar tempo em suas tarefas diárias, 56% dos funcionários admitem tê-la usado em atividades sensíveis ou decisões críticas, como tarefas que exigem inteligência emocional (23%), tarefas que impactam a segurança (20%) e ações éticas ou delicadas relacionadas a pessoal (13%) — mesmo sabendo que não deveriam. Um alarmante 77% desses funcionários dizem não se arrepender de ter usado a IA nessas situações
  • Outro possível motivo para o uso limitado da IA — os funcionários não confiam nas ferramentas: 86% dos funcionários não têm muita confiança na precisão e confiabilidade das ferramentas de IA, e 76% dizem que essas ferramentas frequentemente geram resultados que precisam ser ajustados ou revisados pelos usuários
  • Pequenas empresas estão ficando para trás: nas empresas menores — com até 50 funcionários — apenas 59% usam IA, e 46% dizem que não sabem como usar a IA para economizar tempo ou melhorar seu trabalho. Em organizações maiores, no entanto, cerca de 80% já utilizam IA. 

“Ao contrário do que muitos podem pensar, não são apenas os trabalhadores mais velhos que têm dificuldades para aproveitar os benefícios das ferramentas de IA,” disse Dan Schawbel, sócio-gerente da Workplace Intelligence. 

“Os trabalhadores mais jovens também admitem não estar usando essas ferramentas em seu potencial máximo. Na verdade, 74% dos funcionários da Geração Z dizem não estar muito familiarizados com o uso prático da IA em suas tarefas diárias. Isso destaca a importância de equipar todas as gerações com ferramentas e educação adequadas para usar a IA de forma segura e eficaz.” 

A pesquisa também descreve soluções para ajudar a reduzir a lacuna na adoção da IA: 

  • Ofereça as ferramentas que os funcionários desejam: os funcionários apontam que um assistente virtual de IA (87%), ferramentas de IA que automatizam tarefas específicas (85%), ferramentas de comunicação com IA (84%), ferramentas de IA generativa (81%) e assistentes de chat/mensagem com IA para comunicação com clientes (73%) seriam os recursos mais valiosos. No entanto, apenas cerca de 4 em cada 10 dizem que sua empresa oferece essas ferramentas
  • Melhore as políticas e os treinamentos para evitar o uso indevido da IA: apenas 40% dos líderes de TI dizem que sua empresa possui uma política de uso de IA. Tanto os funcionários (81%) quanto os líderes de TI (71%) acreditam que as ferramentas de IA precisam de melhores instruções e limites claros para um uso adequado. Além disso, 87% dos funcionários acham que a maioria dos trabalhadores não está sendo treinada corretamente para usar ferramentas de IA
  • Implemente a IA com propósito e meça seu ROI de forma eficaz: entre as empresas que já utilizam IA, 21% dos líderes de TI admitem que sua organização está adotando IA ou comprando ferramentas de IA apenas por obrigação ou tendência — sem uma análise cuidadosa ou um plano claro. Além disso, quase metade (49%) diz que a empresa não está medindo bem o retorno sobre o investimento (ROI) dessas ferramentas
  • Reconheça que um pequeno investimento pode gerar grande impacto: 77% dos líderes de TI dizem que bastaria investir até US$ 20 a mais por mês por funcionário em ferramentas de IA para que cada um ganhasse uma hora extra de eficiência por dia
  • Ajude os líderes de TI a entenderem a perspectiva dos funcionários: a pesquisa revelou que líderes de TI e funcionários nem sempre compartilham a mesma visão sobre o uso, a praticidade e a confiabilidade da IA. Empresas que tomarem medidas para resolver esses desalinhamentos estarão em uma posição melhor para maximizar os benefícios da IA em suas organizações. 

Mas e no Brasil? 

O Brasil também participou da pesquisa realizada pela GoTo e pela Workplace Intelligence. Todos os entrevistados brasileiros ocupam cargos com responsabilidade por decisões relacionadas à tecnologia da informação (TI). Entre eles, 53% acreditam que a inteligência artificial (IA) tem sido superestimada, e 43% consideram que a tecnologia foi equivocadamente tratada como uma solução universal para os desafios empresariais. 

Por outro lado, 89% afirmam que os colaboradores de suas empresas já estão familiarizados com o uso da IA no cotidiano. No entanto, apenas metade dos funcionários estaria utilizando a tecnologia em todo o seu potencial, segundo os dados. Entre os que fazem uso diário da IA, 39% já presenciaram erros causados pela ferramenta dentro da organização. 

A falta de capacitação também se destaca como uma preocupação: 41% dos entrevistados avaliam que os colaboradores não estão sendo treinados de forma adequada para utilizar a IA. Além disso, 54% apontam que os resultados gerados ainda exigem revisão e refinamento por parte dos usuários. 

No que diz respeito às políticas internas, 48% das empresas brasileiras já adotaram diretrizes formais sobre o uso da tecnologia, enquanto 11% planejam implementá-las ainda em 2025. Mesmo assim, 33,7% dos respondentes acreditam que, em 2024, seus colaboradores violaram alguma norma relacionada ao uso de IA na organização. 

Metodologia 

As conclusões da pesquisa são baseadas em um levantamento conduzido pela GoTo e pela Workplace Intelligence entre fevereiro e abril de 2025. Ao todo, 2.500 trabalhadores ao redor do mundo participaram da pesquisa, incluindo 1.250 profissionais do conhecimento em tempo integral e 1.250 tomadores de decisão da área de TI. A pesquisa teve como foco respondentes dos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Irlanda, Alemanha, Áustria, Suíça, Índia, México e Brasil. 

 Clique e veja o relatório de pesquisa completo.

 

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